segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

RELATO DE CASO Nº 001


RELATO DE CASO Nº 001:
Paciente, Adulto jovem, sexo masculino, deu entrada na emergência com quadro de dor em MID (Membro inferior direito) que se irradiava para região inguino-escrotal homolateral, há mais de um mês e com história recente de virose (Chikungunya, há seis meses, sic). Referindo que depois da virose as dores aumentaram.
Ao exame físico: paciente com marcha claudicante e apresentando manchas hipocrômicas em bolsa escrotal direita, em MMII (Membros inferiores) e outras partes do corpo. Feito teste de sensibilidade térmica e táctil (Com éter e estesiômetro), tendo sido evidenciado diminuição e perda das sensibilidades testadas em região escrotal direita e em manchas dos MMII. Residente em município com alta endemicidade para Hanseníase. Feito diagnóstico de Hanseníase  e iniciado tratamento com PQT-MB/Adulto, pois foram detectadas mais de cinco lesões em todo o corpo. 




INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O CURSO HANSENÍASE NA ATENÇÃO BÁSICA


Inscrições abertas para o curso Hanseníase na Atenção Básica

Estão abertas, até 15 de maio, as inscrições para o curso online Hanseníase na Atenção Básica, oferecido gratuitamente pela Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS).   O objetivo é preparar os profissionais para atuarem no controle da transmissão da hanseníase e diminuir as incapacidades causadas pela doença. O público-alvo são os trabalhadores da saúde de todo país, mas o curso é livre para demais interessados. O lançamento ocorre à luz do Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase, comemorado no dia 31 de janeiro.
Para saber mais e se inscrever, acesse a página do curso: http://unasus.gov.br/cursos/hanseniase.
O curso possui carga horária de 45 horas e é dividido em três unidades: vigilância; diagnóstico e acompanhamento da hanseníase na Atenção Básica. Os casos clínicos são transversais, abrangendo e integrando os aspectos de controle da doença. Desde o lançamento, em 2014, o curso obteve 17.432 matrículas.
O público do curso é composto majoritariamente por profissionais entre 31 e 35 anos (26,96 %). Entre os inscritos 54,05 % são enfermeiros; 12,58 % são técnicos de enfermagem e 12,34 %, médicos. A maioria dos inscritos atuam em Centros e Unidades Básicas de Saúde (55,31 %); Hospitais Gerais (13,73 %) e Secretarias de Saúde (6,41 %). Os estados com maior número de matrículas são: Minas Gerais (1.677); São Paulo (1.538); Bahia (1.057) e Ceará (1.013).
A médica Maria Luísa Martins é portuguesa e, após se aposentar em seu país de origem, veio atuar em uma Unidade Básica de Saúde em Itarema/CE, pelo Programa Mais Médicos. Para ela, o curso foi uma oportunidade de repensar os sintomas da doença e qualificar o diagnóstico, que nem sempre é fácil. “Tive uma paciente de 22 anos com queixas especificas, sugestivas vagamente de desconforto dérmico inespecífico que eu teria desvalorizado se não tivesse feito o curso”.
O curso é dinâmico e utiliza metodologia diversificada. Além dos casos clínicos, bastante utilizados nos cursos da UNA-SUS, são oferecidas vídeo-aulas com explicações de especialistas sobre o tema, além de vídeos de apoio com dramatizações que tratam do tema da vídeo-aula. São também utilizados hipertextos, caixas de ajuda e glossário para que se possa aprofundar os conhecimentos de termos técnicos. 
Para a enfermeira Patrícia de Oliveira, que trabalha na Unidade Básica de Saúde Tabajara I, em Olinda/PE, o diferencial do curso foram as vídeo-aulas. “Foi o que mais me interessou, pois facilitou muito o aprendizado com uma linguagem simples e objetiva”, conta.
A coordenadora da Hanseníase e Doenças em Eliminação (CGHDE/DEVIT/SVS/MS), Rosa Castália, explica que o curso foi criado considerando a necessidade de ampliar a cobertura de unidades de saúde com potencial para diagnosticar e tratar precocemente até a cura, por meio da capacitação de profissionais e da ampliação da oferta de acesso aos serviços para os cidadãos que necessitam. “O aumento do número de profissionais capacitados para diagnóstico e identificação precoce dos casos, o tratamento adequado e a possibilidade de ampliar a rede de serviços nos municípios, resultando na diminuição da carga da doença e do número de pacientes incapacitados decorrentes do diagnóstico tardio”, afirma.
A HANSENÍASE
A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, causada pela bactéria Mycobacterium leaprae, que tem atração por pele e nervos, podendo causar atrofias e áreas de insensibilidade. Caso a bactéria atinja o nervo, pode causar incapacidades muitas vezes irreversíveis. A transmissão se dá pelas vias aéreas, por meio do contato entre uma pessoa infectada com uma saudável suscetível. As manchas causadas não doem e não coçam e o período de incubação da doença é de cinco anos. No entanto, se não diagnosticada e tratada, a doença pode gerar sérias incapacidades, físicas se o diagnóstico for tardio ou o tratamento não for realizado adequadamente, pelo período preconizado.
Além do diagnóstico, o SUS oferece tratamento para hanseníase, disponível em todas as unidades públicas de saúde. A poliquimioterapia (PQT), uma associação de medicamentos que evita a resistência do bacilo deve ser administrada por seis meses ou um ano a depender do caso. Os pacientes deverão ser submetidos, além do exame dermatológico, a uma avaliação neurológica simplificada e sempre receber alta por cura. 
Endêmica no Brasil, a hanseníase ainda é um problema de saúde pública e está no rol das doenças negligenciadas. Apesar disso, o último balanço sobre a doença – divulgado em 2015 - trouxe resultados positivos.  A análise de 2003 a 2013 mostrou que o número de novos casos no país caiu 4 0%. As taxas de prevalência da doença em dez anos caíram em 68% e o percentual de cura aumentou para 80 %. O balanço de 2016 deverá ser divulgado nos próximos dias.
A doença está concentrada em alguns estados: Mato Grosso (MT), Pará, Maranhão, Tocantins, Rondônia e Goiás. Para que a hanseníase deixe de ser considerada um problema de saúde pública, o Brasil deve atingir a meta estipulada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), na qual a prevalência deve ser de menos de um caso por 10 mil habitantes.
O diagnóstico da hanseníase é essencialmente clínico, não é necessária a realização de exames laboratoriais complexos. “A maioria dos casos é de diagnóstico relativamente fácil para um profissional de saúde treinado”, afirma Castália. A coordenadora explica que, em alguns casos, o paciente necessitará ser encaminhando para uma unidade de referência para confirmação de diagnóstico. “É importante ressaltar que o diagnóstico precoce e o tratamento completo e correto são fundamentais para que o paciente fique curado sem sequelas”.
Para Castália, um dos principais entraves para o tratamento ocorre em localidades onde os pacientes não têm o acesso ao diagnóstico e tratamento ao alcance facilmente. Outros fatores que dificultam o tratamento são o medo da discriminação e estigma e o desconhecimento sobre a doença, tanto pela população quanto por profissionais de saúde, além do o longo período de tratamento, que não pode ser interrompido.
Castália explica que Secretaria de Vigilância em Saúde realiza, periodicamente, exercícios de monitoramento da eliminação da hanseníase, com metodologia preconizada pela OMS, para avaliar aspectos qualitativos, ou seja, dados não reportados no sistema de informações. “É uma supervisão especial, bastante ampliada”, diz.
Para mais informações sobre a hanseníase, acesse a  página da Secretaria de Vigilância em Saúde:http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/oministerio/principal/secretarias/svs/hanseniase.
 SERVIÇO
 Matrícula: Para se inscrever, clique aqui.
As inscrições podem ser realizadas de 26 de janeiro a 15 de maio. Alunos já matriculados poderão acessar o curso até 12 de junho.
Público-alvo: A oferta é voltada preferencialmente a profissionais de saúde atuantes da Atenção Básica, mas também é aberta aos demais interessados no tema. 
Carga horária: 45 horas
Fonte: SE/UNA-SUS, por Claudia Bittencourt

NOVA PORTARIA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE APROVA AS DIRETRIZES PARA VIGILÂNCIA, ATENÇÃO E ELIMINAÇÃO DA HANSENÍASE COMO PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA



PORTARIA Nº 149, DE 3 DE FEVEREIRO DE 2016 / MINISTÉRIO DA SAÚDE

Aprova as Diretrizes para Vigilância, Atenção e Eliminação da Hanseníase como Problema de Saúde Pública, com a finalidade de orientar os gestores e os profissionais dos serviços de saúde.

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da atribuição que lhe confere o inciso II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e
Considerando que o modelo de intervenção para o controle da endemia é baseado no diagnóstico precoce, tratamento oportuno de todos os casos diagnosticados, prevenção e tratamento de incapacidades e vigilância dos contatos domiciliares; e
Considerando que essas ações devem ser executadas em toda a rede de atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) e que, em razão do potencial incapacitante da hanseníase, deve-se garantir atenção especializada em unidades de referência ambulatorial e hospitalar, sempre que necessário, resolve:
Art. 1º Esta Portaria aprova as Diretrizes para Vigilância, Atenção e Eliminação da Hanseníase como Problema de Saúde Pública, com a finalidade de orientar os gestores e os profissionais dos serviços de saúde quanto à gestão, planejamento, uniformização, monitoramento e avaliação no que se refere ao acolhimento, diagnóstico, tratamento e cura, prevenção de incapacidades e organização do serviço. Art. 2º As Diretrizes para Vigilância, Atenção e Eliminação da Hanseníase visam ao fortalecimento das ações de vigilância e atenção da hanseníase, bem como à organização da rede de atenção integral e promoção da saúde, com base na comunicação, educação e mobilização social. 
Art. 3º As Diretrizes para Vigilância, Atenção e Eliminação da Hanseníase como Problema de Saúde Pública estarão elencadas no Manual Técnico Operacional disponível no endereço eletrônico www. svs. gov. br. Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 5º Fica revogada a Portaria nº 3.125/GM/MS, de 7 de outubro de 2010, publicada no Diário Oficial da União (DOU) nº 198, de 15 de outubro de 2010, Seção 1, p. 55.  
MARCELO CASTRO



VEJA ABAIXO O LINK PARA BAIXAR O NOVO MANUAL TÉCNICO OPERACIONAL DE HANSENÍASE - 2016
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/fevereiro/04/diretrizes-eliminacao-hanseniase-4fev16-web.pdf

VEJA ABAIXO O LINK PARA BAIXAR O GUIA PRÁTICO SOBRE A HANSENÍASE - 2017

http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/novembro/22/Guia-Pratico-de-Hanseniase-WEB.pdf.

LINK PARA PUBLICAÇÕES DA SECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/publicacoes-svs

domingo, 7 de fevereiro de 2016

VÍDEOS SOBRE HANSENÍASE

LINKS DE VÍDEOS SOBRE HANSENÍASE:

Vídeo 1 – Hanseníase: Endemia Oculta na Floresta Amazônica

Vídeo 2 – Paredes Invisíveis: Região Norte

Vídeo 3 – Paredes Invisíveis: Região Nordeste

Vídeo 4 – Memórias Internas – Documentário de Renato Falzoni

Vídeo 5 – Filhos Separados

Vídeo 6 – Saiba tudo sobre Hanseníase

Vídeo 7 – Hanseníase: Prática, Diagnóstico e Tratamento

Vídeo 8 – Hanseníase  Aula Gratuita com o Prof. Elton Chaves

Vídeo 9 – Entenda o que é a Hanseníase

Vídeo 10 – Hanseníase: As Faces do Preconceito – Parte I/4

Vídeo 11 – Hanseníase: As Faces do Preconceito – Parte II/4

Vídeo 12 – Hanseníase: As Faces do Preconceito – Parte III/4

Vídeo 13 – Hanseníase: As Faces do Preconceito – Parte IV/4

Vídeo 14 – Itapuã: uma colônia, uma doença, várias histórias


Vídeo 15 – Hanseníase: A Marca do Estigma - Bloco 1


Vídeo 16 – Hanseníase: A Marca do Estigma - Bloco 2


Vídeo 17 – Hanseníase: A Marca do Estigma - Bloco 3



Vídeo 18 – Hanseníase 1

     

Vídeo 19 – Hanseníase 2


Vídeo 20 – Hanseníase 3


Vídeo 21 – Preconceito é maior dificuldade de quem tem a Hanseníase


Vídeo 23 – Hanseníase é marcada pelo preconceito e discriminação

https://youtu.be/hG0juqZ-pt4

 

Vídeo 24 – Entenda o que é a hanseníase


Vídeo 25 – Hanseníase tem cura e tratamento é oferecido de graça pelo SUS


Vídeo 26 – Onde a Esperança Mora - 1948


Vídeo 27 – Órfãos da Hanseníase


Vídeo 28 – Instituto Lauro de Souza Lima  08/12/2013

https://youtu.be/Wwze6HiBUME

 

Vídeo 29 – Asilo-Colônia Aimorés – 1944


Vídeo 30 – Documentário Aimorés  


Vídeo 31 – Instituto Lauro de Souza Lima

Vídeo 32 – "Asilo Colônia Aimoré""Instituto Lauro de Souza Lima" – Parte 1

Vídeo 33 – "Asilo Colônia Aimoré""Instituto Lauro de Souza Lima" – Parte 2

https://youtu.be/Q9dqTcnf9L0

 

Vídeo 34 – Spinalonga: A Cidade Fantasma dos Leprosos


Vídeo 35 – Lepra: O Espetáculo do Medo

https://youtu.be/Ka4EPbF56-E

 

Vídeo 36 – Hanseníase (Geração Saúde)

MENSAGEM DO ADMINISTRADOR

É com imenso prazer e satisfação que, nesta data, 06/02/2016, às 20:33, crio este blog para tratar de assuntos referentes à Hanseníase, no Brasil e no mundo. Tenho como objetivo trazer informações, fotos, histórias e casos clínicos relacionados à Hanseníase.